segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ROBERTO REMIZ TEIXEIRA FILHO

     ROBERTO REMIZ TEIXEIRA FILHO

























     O Início

     Com um dom de nascença, estuda desenho e pintura ainda jovem na antiga Escola de Artes Colméia de Pintores da Guanabara na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro. Em meados dos anos 70, tendo como referência as capas dos discos de vinil da época, evolui seu desenho a grafiti e ilustra usando caneta bic, goache, ecoline e aquarela.

     A necessidade do trabalho profissional o leva a uma indústria de moda onde tem o primeiro contato com a serigrafia. Recebia os layouts coloridos pré-concebidos na América e fazia as seleções de cores para as gravações das matrizes. Eram estampas com quantidade de cores incomum, de 6 a 10 e sem os processos fotográficos e digitais de hoje, as aplicações de retículas e tons sobre tons eram realizadas todas manualmente sobre papel vegetal e depois polyester.

     No final dos anos 90 com a inserção da computação gráfica, inicia seus estudos nessa área. Três anos se passaram para conseguir migrar dos pincéis e lápis para o mouse do Macintosh, aprimorando uma técnica de mouse que até hoje domina graças ao conhecimento de aerografia adquirido nos anos 90 com o pintor e amigo Carlos Passos.

     “O que é arte para mim pode não ser arte para outro, a força de expressão de um artista não depende da quantidade ou qualidade dos recursos que ele tenha, afinal de contas os homens das cavernas com sua arte primitiva demonstraram clara e significativamente toda a sua história com traços simples. A liberdade para criar deve ser um colaborador e jamais um limitador”.

     “Acredito quando um artista digital volta seus estudos no tempo para formar suas bases de conhecimento, ampara-se nas experiências vividas pelos velhos mestres, ai, encontra a riqueza e o sentido daqueles que fizeram do pigmento uma história única.           
Artistas como Van Gogh, Caravaggio, Klint ou até mesmo os mais recentes modernistas como Warhol e Jasper Johns, são sementes  do que somos. Todo fundamento das ferramentas digitais de hoje, tem seu porque baseado na lógica de suas obras. Eu diria  que não existiria a texturização de Michael Yaz sem Caravaggio ou Renbrandt, impossivel a destreza de Jeremy Sutton no Painter sem a arte evolutiva de Van Gogh. Por isso me apoio na teoria de que a arte digital ainda uma recém-nascida, tem uma longa trajetória até o seu reconhecimento assim como trilharam outras manifestações artísticas”.

     Evolução
     “Com o passar dos anos, senti acentuada minha preferência por cores sujas e sombrias. Isso de certa forma é um problema em se tratando de pintura digital, porque se não bem colocadas, tornam-se estranhas e incômodas ao olhar do expectador que diariamente é bombardeado por uma profusão de informações visuais cada vez mais agressivas. Lendo sobre teoria da cor, acabei por iniciar uma pesquisa sobre ambientação; o comportamento de uma pintura dirigida e vinculada a determinado ambiente. E é nisso que tenho me focado, uma busca ao fundo do pensamento dos designers de interiores, arquitetos e decoradores. Acho que é por aí o caminho do sucesso daqueles que pintam voltados à decoração. Antigamente a arte sobrepujava o ambiente, era imposta, hoje tenho a impressão de que tem de ser harmônica.

     Artistas são egocêntricos e seu pensamento é que sua obra já diz tudo por si, não levando em conta a receptividade de quem consome arte. Digo então, qualquer pintura por mais exímia, não tem valor algum se estiver fora do contexto do ambiente a que foi destinada. Apenas museus e galerias são feitos para a finalidade de expor conceitos”.






CRONOLOGIA

1956 - Nascido em 09 de agosto, Rio de Janeiro RJ.
1966 - Primeiro curso de desenho
1969 - Primeira incursão profissional na indústria gráfica
           e tipografia.
1970 - Primeiro contato com a serigráfia e artefinalização.
1973 - Estuda pintura na Colmeia dos Pintores da Guanabara
            na Quinta da Boa Vista - RJ.
1976 - Estuda Letras e Cartazes no Senac RJ.
1978 - Em Brasília tem contato com o desenho de cartografia
           por curto período, retornando ao Rio.
1980 - Muda-se em definitivo para Belo Horizonte dedicando-se
           a área de moda; etiquetas e ilustrações.
1988 - Abre um escritorio de  criação e design, pinta a primeira
           série representativa à goache.
1993 - Primeira coletiva Belorizontina ao lado de talentos como
           Simeão Neto, D’Alcântara, Carlos Araujo e Eloisa Pena.
1994 - Coletiva I no Projeto Matriz em Conceição do Mato Dentro,
           pop art em goache sobre cartão.
1996 - Coletiva II no Projeto Matriz em Conceição do Mato Dentro,
           pop art em goache e acrílica sobre cartão.
1997 - Convívio com o artista Carlos Passos desperta estudos
           sobre  aerografia e o interesse pela Pop Art de Wandy Warhol.
1998 - Início de pesquisas que culminam na adaptação de todas as
           técnicas assimiladas convergindo para a Pintura Digital.
2000 - Pesquisa das cores e formas do surrealismo de Dali
2005 - Mergulho de vez no universo Digital para pintar longa série
            usando os brushes do Photoshop.
2008 – Dedica-se mais a ilustração buscando o perfeccionismo no digital
2009 – Série de gravuras com exposição na Kat Griffe de Flores em BH,
            começa a abandonar o Hipper realismo e preocupar-se com texturização.
2010 – Pinta série explorando cada vez mais as texturas e cores intermediárias
            Exposição de Giclêes no Rio Artmosfera Fundição Progresso.
2011 – Exposição de Giclêes no Rio Artmosfera Casa Mango Mango
            visitas cada vez mais constantes a formas orgânicas.
2011 – Exposição Artes Virtuais Araruama  Rio
2011 – Exposição de Giclêes no Rio Artmosfera  ArtHostel Rio
2012 – Exposição de Giclêes no Rio Artmosfera  ArtHostel Rio
2013 / 2015 – Desenvolvimento de texturização e impressão de giclées
2015 – Mostra Digital Art na Feira Balaio de Gato BH.