Francisco Elíude P. Galvão, natural do Rio Grande do Norte.em: 10/01/53,
reside atualmente em São Vicente(SP) tive uma infância boa,logo cedo ingressei
no Seminário Redentorista “Santos Anjos”na cidade de Campina Grande (PB),aonde
permaneci por três anos e depois mais um no Colégio Seráfico,Santo Antonio, na
cidade de Lagoa Seca (PB), ambos em Colégio de Educação Religiosa,, aonde pude
obter uma ótima formação,naquela época eu já ajudava meu pai muito cedo, quando
a educação era muito rígida e em certa ocasião eu desejei estudar, quando vi
sozinho que a maior riqueza que eu poderia armazenar pra todo o meu futuro, era
exatamente uma boa educação. O dia a dia no seminário era mais ou menos assim. As
6 da manha acordávamos, em 5 minutos higiene matinal,dez minutos de oração,
trinta minutos para o café da manhã, meia hora de pausa e depois aulas até onze
e e quarenta e cinco almoço,e recreio de meia hora e depois, sala de estudo até
duas e meia,depois, meia hora de tarefas diversas e uma hora e meia de esportes,fiquei
de 1966 a dezembro de 1968, mesmo estudando em regime de internato e diante de
uma educação religiosa,...acho que amadureci muito cedo também, sem perder o
foco de uma infância normal,o mundo, naquela época passava por muitas
transformações e as notícias não podiam entrar normalmente ou de maneira alguma
no interior do colégio, a não ser seletas coisas exteriores e só tinha acesso durante
as férias escolares. Até as cartas que escrevíamos para os nossos pais ou as
que recebíamos deles, eram abertas e lidas pelos padres lembro-me que uma vez
ganhei um livro de poesias de augusto dos anjos (eu e minhas poesias), do meu
pai, e o livro foi "confiscado" pelo diretor e só o recebi de volta
quando saí definitivamente de lá era bem rigoroso sim,a princípio eu pensava
que poderia seguir o sacerdócio, mas aos poucos fui vendo que minha vocação não
era bem aquela... Confesso que eu era um péssimo aluno nessa matéria, eu não
seria um bom padre eu fugia de vez em quando, com a desculpa de visitar uma tia
que morava naquela cidade e ia namorar, Eu tinha uma namorada que morava em Olinda
e vinha de férias para a cidade onde eu morava,era um amor pra nenhum "William"
comparar com Romeu e Julieta.Era platônico demais,mas a família dela não
permitia por eu ser seminarista.Hoje ela é médica e casada. Mas ainda me inspira
em algumas poesias. Mas no meu caso, meu pai podia pagar sim e foi duro
convencê-lo neste sentido ,consegui,fiquei lá porque via o nível de educação e
aprendizado que eu sabia ser muito bom para minha formação. Depois que saí do
seminário, fui morar em Natal,arrumei meu primeiro emprego no comercio,depois
encontrei coisas melhores até que entrei numa empresa de serviços fiduciários,
e daí decolei para coisas melhores até que ingressei em bancos...estudei num
dos melhores colégios estaduais da época(Colégio Estadual "Winston
Churchill" onde cursei o científico,Me casei em 1980, e tenho duas filhas,
ambas professoras formadas na Unisanta...lecionei por três anos e meio em
Colégio da rede Estadual no Rio Grande do Norte a convite da Delegacia Regional
de Ensino, mesmo seu ter curso Universitário e dei conta do recado ,comecei
interagir na literatura quando desde muito cedo eu já escrevia algumas
coisinhas. gostava de escrever poesias e mandar para as meninas e com isso, já
começava em meio namoro mas falando sério mesmo, só em 1981 comecei a mostrar
meus escritos a pessoas que realmente se interessavam e criticam ou
encorajavam-me a continuar escrevendo,publiquei minha primeira poesia numa
revista que hoje não mais existe; participei de um encontro cultural ocorrido
lá. mas somente aqui é que deslanchou mesmo... *minha primeira oportunidade foi
quando conheci a então presidente da academia de letras daqui, e vendo em
minhas mãos um caderno com alguns escritos, logo me convidou para participar do
meu "Primeiro Mapa Cultural Paulista", depois com menos de um mês
participei do primeiro concurso de Crônicas e Poesias da Academia aqui e daí,
não parei mais,tudo bem. foi isso o que pensei ser de alguma utilidade. preocupo-me
bastante com a nossa juventude, diante dos descaminhos, dos comportamentos
desencontrados, sem nenhuma perspectiva de futuro...
Dou graças a deus por ter-me dado o privilégio
e a sorte de ter educado bem as minhas filhas e acompanhar mesmo hoje o crescimento
e a educação das minhas netas.
Quando jovem,
fiz de tudo para não depender dos meus pais financeiramente aprendi também como
tratar e ter paciência com as pessoas, aprendendo a ler nos olhos e nos
músculos da face suas emoções mais profundas...
Francisco
Eliude P.Galvao.